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Saturday, March 27, 2010

Violência contra crianças no mundo


Estamos todos indignados com o caso "Isabella Nardoni". Finalmente, a justica chegou a uma conclusão sobre a causa da sua morte, atribuindo ao próprio pai da menina de 5 anos e à sua madastra esse terrível assassinato ocorrido há dois anos.  Chocante. Devastador. Agora, por longos anos, os condenados poderão refletir, atrás das grades, sobre o que fizeram. E, sobre o que não fizeram: confessar um crime, antes disso, dar protecão, antes disso, demonstrar amor, amor incondicional a uma menina tão inocente, tão cheia de vida.
O que teria levado um pai, uma "mãe" a fazer isso contra sua própria filha?
Infelizmente, a violência doméstica contra as criancas não é algo incomum...
Em Fevereiro de 2003, o Secretário-Geral das NU nomeou o Professor Doutor Paulo Sérgio Pinheiro como Perito Independente, para preparar um estudo aprofundado sobre a violência contra crianças.
 Os resultados são alarmantes: Dos números reportados em 2002 (calcula-se que muitas pessoas não relatam os fatos por medo, vergonha, etc,  o número é considerado bem mais "baixo" do que a realidade), mais de 50 mil criancas no mundo foram vítimas de homicídio, quase 6 milhões tratadas em regime de escravidão, mais de 2 milhões envolvidas com prostituicão, e por aí vai.
“A violência tem consequências duradoiras não apenas paras as crianças e seus familiares mas também para as comunidades e países” afirmou a Directora Executiva da UNICEF Ann M. Veneman (veja a reportagem no link acima).
Maltratos físicos ou psicológicos não é o que educa uma crianca, pelo contrário, é isso o que transforma essa crianca num ser igualmente violento: o massacrado aprende a ser massacrador...
Relaciona-se a violência à pobreza... Em funcão da criança, não digo que seria à "pobreza financeira", mas como bem se comprovou com esse caso que a sociedade brasileira amargou, à "pobreza de caráter, de espírito, de amor". 
  Não podemos intimidar, agredir fisicamente ou verbalmente uma crianca. Não podemos usá-la para trabalho, não se pode abusar de uma crianca, seja da forma que for... ela depende de nós, adultos, pais ou não, para ter um futuro melhor... E como será esse futuro? Quantas criancas ainda serão maltradas, espancadas à morte, intimidadas? Quais serão as estatísticas do ano 2010? Com certeza, não são melhores do que 2002. Basta ler os jornais...
O que podemos fazer para que as criancas do Brasil e do mundo sejam mais felizes? Por onde comecar?
Salvemos as criancas do nosso planeta! São elas que vão escrever nosso amanhã. Com que cores?? Com que dores???

4 comments:

Unknown said...

Excelente iniciativa. Reconhecer o problema e discuti-lo com a sociedade certamente é o primeiro e mais importante passo a seguir. Precisamos sim fazer a nossa parte porque, no meu entender, cada um de nós é responsável e co-responsável por aquilo que acontece em nosso entorno. Não podemos agir como se o problema não fosse nosso também. Temos que ter a consciência de que a principal ação tem de partir de dentro de nossas casas, da educação e dos princípios que são passados para nossas crianças que se tornarão um agente multiplicador da paz, do amor e da solidariedade. Ou então o contrário disso tudo, o que os tornará exemplos do que vemos hoje estampados nos jornais.

Afora de nossas quatro paredes, pequenas ações como a simples observação e a denuncia certamente são uma importante ferramenta para contribuirmos com o Estado para que sejam responsabilizados os agressores e retirados das ruas. Temos sim que, além da denuncia, cobrar das autoridades simplesmente que cumpram a lei. E nesse sentido, concordo plenamente com o Prof. Paulo Sergio Pinheiro quando diz que “A melhor forma de tratar do problema da violência contra as crianças é impedir que aconteça” e “Todas as pessoas têm um importante papel a desempenhar nesta causa”.

Devemos sim, enquanto cidadãos, ter o olhar voltado, não apenas para o que acontece dentro de nossas casas, mas para as comunidades que nos cercam, quer seja no sentido de darmos, se necessário, orientação, contribuindo com a educação e conscientização dessas comunidades ou então efetuando, tão somente e muito importante: a denuncia. O cidadão tem que entender o verdadeiro tamanho de seu poder.

O caso da pequena Isabella foi e tem sido um exemplo do quanto a sociedade é capaz de ser solidária, do quanto ela pode reaprender com seus atos e com os atos das outras pessoas, do quanto pode reaprender a pensar e formar opiniões e o quão importante é o seu clamor pela justiça. Nossa sociedade “Brasil”, viveu junto com a mãe Ana Carolina essa dor e a expectativa pela condenação exemplar dos responsáveis.

A vida de Isabella não se foi em vão, nem a do pequeno Ives ou do João Hélio e de tantas outras crianças. O Estado e o Poder Judiciário têm o dever e estão sendo cobrados por todos nós, pela mudança do nosso código penal, pela mudança das penas e do sistema prisional, para que esses monstros covardes tenham a consciência que há justiça dos homens também.
Cumpramos então o nosso dever!
Marisa Trevisani

Ana Clo Thome Williams said...

Marisa... valeu!!!!!! Estava assistindo a uma entrevista com a Gloria Peres. A lei ja'mudou por causa do sofrimento que ela teve com a morte da filha. Ela fez uma campanha e conseguiu mais de 1 milhao de assinaturas (quando ainda nao havia internet) e hoje ja'temos uma lei que nao impede que o condenado, neste caso, se livre da cadeia antes de 10 anos. (senao, com 5 anos, ja'poderia requisitar liberacao). Mas, ainda ha'o que mudar! Temos que fazer nossa parte. Obrigada por seu comentário.

Ana Clo Thome Williams said...

Minha prima Eliana Batichotte me enviou este link http://meninasdonepal.com/. Aqui esta'descrito um trabalho lindo de uma missão brasileira lá no Nepal. Leiam o link, há também como contribuir.
A cada dia, fico horrorizada em saber das terríveis acões contra criancas no mundo.
Temos que nos mobilizar!!

Elis said...

Sem palavras...

Ah, Ana, eu acho que vc tem a opcao de " seguir " o blog. E eu tb posso 'linkar' o seu blog no meu, ok?