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Tuesday, September 3, 2013

Lançando Gols para a Vitória

Queridos Amigos,

Amanhã será um dia muito especial para mim porque, chegou o dia em que vou lançar meu primeiro (primeiríssimo) livro solo. "O JOGO NARRADO: um cruzamento linguístico-cultural da locução de futebol no Brasil e na França". São lances para gols da vitória.
Essa vitória, bem como também com os jogadores em campo, conta muito com o apoio da torcida.
Torcida que empurra o time para fazer gols em campo.
Quero agradecer a todos aqui neste blog, revisores, "comentaristas", colegas, professores, amigos, minha família.
Entre as pessoas a quem quero agradecer está o poeta, jornalista e escritor W.F. Padovani, quem muito tem me ajudado nos bastidores da publicação do meu livro. Um dos seus poemas, por acaso do "destino" (se assim posso dizer, simplesmente porque eu não o conhecia) está em meu livro; já estava aliás, na tese de doutorado que inspirou o livro.
Agora, esse mesmo poeta e jornalista dedicou-me também um poema, que faço questão de publicar neste blog.
E com este poema homenageio a todos os que têm me ajudado, orientado e torcido por mim!
Com todo carinho,
Ana Clô


Gol de Pelé
(Lance de Brasil x Uruguai, Copa de 70, México)
Para Ana, com admiração - e carinho






P
ithecanthropus ficou erectus
só para
Pelé
receber aquela bola.

Criação absoluta,
seu corpo
sai de si
e, fibra a fibra, monta em Mazurkiewicz
uma michelângela escultura do desespero humano.
Indiferente,
a bola corre só, mas controlada:
ímã,
ângulo de na grama recém-dispostas retas,
relógio antes do quartzo.

Pelé,
ou a sombra que nele está dentro ainda que externa,
a retoma
driblando
o goleiro
para
em sua órbita-umbigo
pôr o Destino no lugar certo: gol.

Foi o gol máximo:
a bola transpôs um limite
muito mais difícil de atingir
do que o daquele último final de campo.
Em vez de ser detida pela rede efêmera,
ela,
como se pelos anseios do homem
na busca de todos os elos perdidos,
seguiu num rastro que nunca tem fim.

Sejam os elos encontrados ou não,
Pelé
a partir daquele chute
milimetricamente
nos mostrou a eternidade.


W.F.Padovani

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Agora que vocês curtiram o poema, queridos amigos, acompanhem a poesia do lance!