Amanhã será um dia muito especial para mim porque, chegou o dia em que vou lançar meu primeiro (primeiríssimo) livro solo. "O JOGO NARRADO: um cruzamento linguístico-cultural da locução de futebol no Brasil e na França". São lances para gols da vitória.
Essa vitória, bem como também com os jogadores em campo, conta muito com o apoio da torcida.
Torcida que empurra o time para fazer gols em campo.
Quero agradecer a todos aqui neste blog, revisores, "comentaristas", colegas, professores, amigos, minha família.
Entre as pessoas a quem quero agradecer está o poeta, jornalista e escritor W.F. Padovani, quem muito tem me ajudado nos bastidores da publicação do meu livro. Um dos seus poemas, por acaso do "destino" (se assim posso dizer, simplesmente porque eu não o conhecia) está em meu livro; já estava aliás, na tese de doutorado que inspirou o livro.
Agora, esse mesmo poeta e jornalista dedicou-me também um poema, que faço questão de publicar neste blog.
E com este poema homenageio a todos os que têm me ajudado, orientado e torcido por mim!
Com todo carinho,
Ana Clô
Gol de Pelé
(Lance de Brasil x Uruguai, Copa de 70, México)
Para Ana, com admiração - e carinho
Para Ana, com admiração - e carinho
P
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ithecanthropus
ficou erectus
só para
Pelé
receber aquela bola.
só para
Pelé
receber aquela bola.
Criação
absoluta,
seu corpo
sai de si
e, fibra a fibra, monta em Mazurkiewicz
uma michelângela escultura do desespero humano.
Indiferente,
a bola corre só, mas controlada:
ímã,
ângulo de na grama recém-dispostas retas,
relógio antes do quartzo.
Pelé,
ou a sombra que nele está dentro ainda que externa,
a retoma
driblando
o goleiro
para
em sua órbita-umbigo
pôr o Destino no lugar certo: gol.
Foi o gol máximo:
seu corpo
sai de si
e, fibra a fibra, monta em Mazurkiewicz
uma michelângela escultura do desespero humano.
Indiferente,
a bola corre só, mas controlada:
ímã,
ângulo de na grama recém-dispostas retas,
relógio antes do quartzo.
Pelé,
ou a sombra que nele está dentro ainda que externa,
a retoma
driblando
o goleiro
para
em sua órbita-umbigo
pôr o Destino no lugar certo: gol.
Foi o gol máximo:
a bola
transpôs um limite
muito
mais difícil de atingir
do que o
daquele último final de campo.
Em vez de
ser detida pela rede efêmera,
ela,
ela,
como se
pelos anseios do homem
na busca
de todos os elos perdidos,
seguiu num
rastro que nunca tem fim.
Sejam os
elos encontrados ou não,
Pelé
Pelé
a partir
daquele chute
milimetricamente
nos
mostrou a eternidade.
W.F.Padovani
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Agora que vocês curtiram o poema, queridos amigos, acompanhem a poesia do lance!