Essa parte vai, voa, sai, soa como um sino condolente.
Intransigente
Clemente
Mal-dizente
Impertinente
E, sobretudo,
Descontente.
Levou-lhe a Morte, levou-lhe a Sorte, perdeu-se o Norte...
A Indesejada das gentes chegou, Bandeira, e não encontrou "a casa limpa e cada coisa em seu lugar"
- Alô, "Iniludível"!!!! Escuta: Eu não lavrei o campo e não pus a mesa para te esperar.
Não te convidei... mas tu vieste mesmo assim... roubou parte de mim!
Como podes ter este nome?
Sim... nome e sobrenome..
Morte: tu não me Iludes...
"Iniludível", sim, é o que és!...
Passou e deixou também em mim algo perene, tranquilo, leve...
um sonho, um suspiro, um fôlego, rastro de esperança
Algo que me diz: "descansa"
Trouxeste para mim a doçura da eterna lembrança
O frescor e o sorriso das manhãs,
Passam as chuvas de março,
Que venha o aconchegante sol de abril!
Vem, Doce Morte
Vem, doce morte, eu sei que não és o mistério
do sem fim, o pavor do escuro cemitério,
não és o vulto mau, a sombra horrenda e esguia
do cutelo fatal e da mão muito fria
cujo afago cruel, implacável, glacial,
causa toda a aflição do momento final...
Pintam-te assim: voraz, a bailar pela estepe
da existência, andrajosa e vestida de crepe,
megera desumana afogada em vinganças,
arrebatando mães e roubando crianças...
E como és diferente!
És um sussurro manso,
um cântico de paz, um hino de descanso.
Vens brilhando, vens clara e majestosa, toda
adornada de luz como a manhã da Boda.
És o encontro, o momento eterno e majestoso
em que a noiva, feliz se aproxima do esposo...
És o dia esperado em que, os filhos da Luz
podem ver, afinal, o rosto de Jesus,
o dia em que Jesus conduz os filhos seus
para a Vida Eternal na Cidade de Deus,
onde não há mais pranto, onde não há mais dor,
onde existe somente a glória do Senhor!
És um caminho bom – o melhor dos caminhos –
macio, leve, azul, sem pedras ou espinhos.
Leva-me pela mão, ó delicada irmã,
ao Jardim multicor da Nova Canaã.
Irei como um menino, alegre, num transporte...
minh’alma te deseja e diz:
um cântico de paz, um hino de descanso.
Vens brilhando, vens clara e majestosa, toda
adornada de luz como a manhã da Boda.
És o encontro, o momento eterno e majestoso
em que a noiva, feliz se aproxima do esposo...
És o dia esperado em que, os filhos da Luz
podem ver, afinal, o rosto de Jesus,
o dia em que Jesus conduz os filhos seus
para a Vida Eternal na Cidade de Deus,
onde não há mais pranto, onde não há mais dor,
onde existe somente a glória do Senhor!
És um caminho bom – o melhor dos caminhos –
macio, leve, azul, sem pedras ou espinhos.
Leva-me pela mão, ó delicada irmã,
ao Jardim multicor da Nova Canaã.
Irei como um menino, alegre, num transporte...
minh’alma te deseja e diz:
“Vem, doce morte!”
Gióia Júnior.